Entrevista: “Não estou preocupado! Não há um grupo tão bom quanto nós – Tom Kaulitz”

Entrevista: “Não estou preocupado! Não há um grupo tão bom quanto nós – Tom Kaulitz”

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Confira a entrevista do Tokio Hotel concedida ao site francês Chartsinfrance.net:

Com o álbum “Kings of Suburbia”, Tokio Hotel está de volta. Pure Charts encontrou o grupo alemão no L’Hotel de Sers para discutir sobre seus sucessos passados, excessos dos seus fãs, sua nova vida e por que não cantaram em alemão. Confira a primeira parte da entrevista!

Quanto tempo! Por que decidiram voltar com o “Kings of Suburbia” , cinco anos após o “Humanoid”?
Bill: Nós não sentimos que foi tanto. Este álbum levou um tempo para ser lançado mas excursionou com o anterior, até o fim de 2009 nós estivemos na América, Japão, Rússia … isto levou um tempo para nós. Então fizemos uma pausa de 4 anos e meio para vivermos de forma simples, para que tivéssemos inspiração novamente, e então relaxarmos um pouco. (Ri). Ainda estamos trabalhando por um tempo!

E você teve vontade de ir ao estúdio …
Bill: Sim, nós começamos a ir para o estúdio trabalhar em novas músicas, escrever. E isto leva tempo também. Nós mesmos produzimos desta vez, nós estamos envolvidos em todos os estágios da criação. Inevitavelmente, ainda precisa de um pouco mais tempo. E ainda há um perfeccionismo, queríamos fazer o melhor álbum. Nós queríamos estar orgulhosos de todos detalhes. Mas os cinco anos finalmente se foram! (Ri)

Seu sucesso se deu de uma forma anormal, especialmente por causa do comportamento intrusivo de alguns fãs. Foi bem louco. Isto também foi um motivo para sua pausa?
Bill: Sim, de fato, fomos para Los Angeles por causa disso. Quando voltamos da turnê, nós percebemos que não poderíamos ter uma vida privada, não havia vida além da banda. Nós precisamos deste equilíbrio. Especialmente quando você fica mais velho, você pensa no que realmente quer, pessoas com quem você quer estar … E você precisa de privacidade. Você precisa de algo além da sua carreira. E neste ponto, nós perdemos este equilíbrio. Nós tentamos recriar isto mas não foi nada divertido. No final, nós estávamos rodeados de guardas 24 horas, parecia que estávamos numa prisão. Pessoas arrombavam nossa casa, tudo estava fora do controle. Nós dissemos: “Deixemos aqui, vamos para onde é possível ter uma vida privada.”. Fomos para Los Angeles, e foi legal. Ninguém nos incomoda, nós redescobrimos um novo lado da vida. Isto foi benéfico para nós, tanto como seres humanos como músicos! Foi a decisão certa.

Você não tem medo de que aconteça novamente?
Bill: Não, porque nós ainda vivemos em Los Angeles. é melhor deste jeito. Deste jeito ficamos longe da loucura em promoções e turnês, então podemos ir e encontrar um pouco de privacidade.

Há vários fãs fora do hotel. Vocês estão surpresos por eles ainda estarem lá mesmo depois de anos de hiato?
Tom: Sim! Nós não estamos nem preocupados com isto. Aliás, cinco anos é muito tempo! Antes da pausa, nós ligamos para a nossa gravadora, nós dizssemos que iríamos parar, fazer nosso álbum do nosso jeito, e todos disseram: “é uma decisão enorme”. Porque na música, negócios mudam, os grandes artistas lançam músicas todos os dias. (Ri). Eles lançam um álbum a cada seis meses, e um single em duas semanas … Tão rápido! Eles apenas pensam em fazer um canal, blá blá blá blá … Agora, se você faz uma pausa, não é garantido que você volte. Mas quem se importa! Nós confiamos em nossos fãs. É claro que não haverá uma outra pausa de quatro anos após o “Kings of Suburbia”. Mas nós queremos fazer música, produzir por nós mesmos. De qualquer forma, ir, voltar e eles ainda estarem lá, é incrível.

Mas há o risco de vocês perderem seus fãs…
Tom: Não … Quero dizer, eu não estou preocupado! Não há um grupo tão bom quanto nós (Ri). Eu conferi, e não há pelo quê ter medo!
Bill: (Ri) E você pode amar várias bandas. Não há uma competição, não vejo desta forma. O que importa é a música. É normal as pessoas mudarem, você vai por um lado, eles não gostam tanto, mas gostam do próximo … É o mesmo para todos. Às vezes você ganha, às vezes você perde. Não coloque muita pressão. A única coisa a fazer é a melhor música possível. E é o que tentamos fazer. A chave do sucesso é estar seguro de si e feliz pelo que você faz.

Com este álbum, vocês querem provar algo em particular?
Bill: Na verdade, nós não tentamos soar diferente. Não havia um plano para este retorno. Foi natural. Mudamos. Eu gravei ‘Durch den Monsun’ quando eu tinha 13 anos, agora eu tenho 25. É passado… você cresce, conhece novas pessoas, a vida se desenrola, coisas acontecem, você fica interessado em coisas novas. Você muda!
Tom: A primeira coisa que fiz no estúdio foi algo no computador, eu não peguei minha guitarra. Isto aconteceu depois. Aconteceu deste jeito. Nós não perguntamos o que as pessoas queriam escutar … Nós queríamos fazer o que queríamos.

Mas com este álbum, mais maduro, mais sexual, também, vocês queriam ser vistos como um grupo e não como uma “boyband”, certo?
Bill: Sim, e nós quisemos colocar a música no centro de tudo. De certo modo, é um pouco irritante falar sobre nossa privacidade, escândalos, em vez do que estamos fazendo musicalmente. Nós somos um grupo há 14 anos, Tom toca guitarra desde os sete anos. Nós somos músicos.
Tom: Eu penso que o fato de nós sermos músicos realmente é a diferença entre nós e “boybands”. Pessoas pensam isto. Há mais mídia para se entender.
Bill: É por isto que lançamos três músicas antes do lançamento do nosso álbum, para trazer músicas, mostrar o que fizemos.

E por que você não canta em alemão?
Bill: Em álbuns anteriores, eram lançadas duas versões, em inglês e alemão. Nós fizemos isto porque as pessoas esperavam. Mas no processo criativo, isso não era natural. Teria de ser escrito em inglês, então haveria de ser traduzido. Mas isso era difícil, às vezes perdíamos alguns detalhes, como a emoção. Não era de boa qualidade. Nós dissemos à nossa gravadora: “não queremos fazer isto”. E além disso, você tem que cantar as músicas duas vezes, e às vezes você vive um momento mágico no estúdio, às vezes acontece, você sabe que esta é a decisão certa. É impossível replicar quando você tem de gravar uma segunda versão! Talvez, no futuro, nós escrevamos músicas em alemão.

Há influências no álbum como: pop, funk, eletrônico … por que tomar este risco agora? O público deve estar desastibilizado …
Tom: Eu penso que alguns são instáveis.
Bill: Sim, mas não fizemos músicas por um tempo, então queríamos algo novo. E aproveitar.
Georg: E é a música que amamos hoje!
Tom: Primeiramente, nós queremos continuar autênticos e verdadeiros para nós mesmos. Se você faz o que você ama … Depois de alguns artistas pensarem de forma diferente, eles permanecem com o mesmo estilo, são sempre os mesmos, porque eles sabem o que os fãs querem escutar.
Bill: Eu não gosto disto. Você tem que arriscar, esta é a vida! É divertido, e parece conosco. Nós não queremos dar às pessoas o que elas querem escutar.

PARTE 2

Pure Charts convida você para conferir a segunda parte da entrevista com o Tokio Hotel, após o lançamento do “Kings of Suburbia.” O grupo agora fala sobre casamento gay, homofobia na França, um olhar crítico a Bill, Conchita Wurst e seus projetos solo …

Com uma música como “Love Who Loves You Back” e um clipe muito sexual, vocês sabiam que iriam chocar um pouco …
Tom: É verdade e eles estão mais chocados do que esperávamos! (Ri). Com o vídeo de”Girl Got A Gun” também, as pessoas ficaram loucas. Mas, eu disse: “Este é porquê de ser meu vídeo favorito!”. Eu não pensei que eles falariam do personagem Toko, o cara de azul, e foi chocante! Eu amo este vídeo! É a mesma coisa com “Love Who Loves You Back”, nós tivemos esta idéia há um tempo. Foi inspirado pelo filme alemão “Perfume”. Há uma cena em que as pessoas queriam matar o personagem. Há centenas de pessoas atirando nele, ele espirra perfume e as pessoas começam a amá-lo e amar uns aos outros. Fomos do ódio ao amor. Nós amamos esta cena! Nós quisemos fazer um vídeo com esse espírito, se torna uma orgia. Não há uma fragrância mas há nossa música!
Bill: E foi um escândalo porque pessoas fazem escândalos! Não é necessário. É apenas amor, esta é a mensagem. Eu não entendo por que as pessoas falam “Ora ora, há garotos com garotos, garotas com garotas.” Tudo bem, estamos em 2014!

Eu não sei se vocês sabem, mas toda essa situação de casamento gay abalou a França, foi uma grande tensão… Isto te ofende?
Bill: É claro. Eu sempre fico chocado ao ouvir coisas como esta, toda essa homofobia …
Tom: Nós estamos chocados, porque é sempre a mesma história …
Bill: Todos têm o direito de amar quem eles querem, tem de parar estes problemas com gênero, religião … Em alguns países, isto é um problema. Em outros tudo ocorre bem, isto é lindo! Nós não deveríamos nem responder esta pergunta…

Fazendo uma música como “Love Who Loves You Back,” vocês querem ajudar a seus fãs com sua sexualidade, identidade?
Bill: Sim. Nós queremos dar-lhes confiança. Eu sempre fui deste jeito comigo mesmo… Eu odeio quando os outros dizem o que devemos fazer, como ser, o que pensar e o que dizer. Eu acredito na liberdade. Todos deveriam estar livres para fazer o que quiserem, amar quem eles querem. Sempre foi assim aqui e isto é bom.

Exatamente, Bill, você teve de encarar várias críticas sobre sua aparência. Isto foi difícil?
Bill: Estou acostumado com isto desde pequeno (Sorri). Eu ia para escola com unhas pintadas, maqueado … Eu sempre tive problemas.
Tom: Eu era o irmão mais velho que o defendia!
Bill: Eu sempre estive em desacordo. Em retrospectiva, sempre foi uma provocação, porém eu estava tentando criar esta reação. Mas eu nunca entendi por que me importar. Eu quis mostrar para todos que não me importo, assumindo, eu disse a eles: “Vá se ferrar”. Eu tenho este hábito, então não me importo quando criticam meu estilo. Isto não me afeta.

Vocês já escutaram Conchita Wurst, que ganhou o Eurovision?
Georg: Wurst (Ri) isto significa “linguiça” em alemão!
Bill: Foi legal ela ter ganho. Ela tem uma boa voz. É uma linda mensagem!

Ela irá dançar no Crazy Horse. Pela primeira vez, um homem na capa de uma revista…
Bill: Isto é maravilhoso, é um bom exemplo para as pessoas, pela tolerância.
Tom: Depois de ganhar o Eurovision, sua aparência pesa mais que canção, devo admitir. Mas tudo bem! É um bonito símbolo.

Sua música mudou. Vocês também. A mídia e as pessoas ainda falam sobre sua aparência . Vocês tinham altas expectativas?
Bill: Sim! Esperávamos. Aliás, isso é normal para mim, moda, aparência, o trabalho artístico, fotos e outras coisas, faz parte do pacote, o que você cria. Nossa necessidade musical está sempre presente. Não há o que se falar sobre o resto.

Bill, você gostaria de entrar numa carreira solo?
Georg: Eu penso! (ri)
Tom: Eu farei.
Bill: O quê? Você, uma carreira solo?
Tom: Sim, eu e meu pênis enorme (todos riem). Eu estou procurando por um nome. Talvez “Tom Long Dong”! (ri)
Bill: Eu nunca pensei sobre. Eu estou no grupo, mesmo musicalmente, estou confuso. Estou agradecido por fazer o que faço. Eu não tenho o desejo de fazer um álbum solo. De qualquer forma, não da forma certa. Eu gosto de trabalhar com outras pessoas. Nós gostaríamos de trabalhar com um DJ em breve … Não há algo planejado. Mas eu poderia criar uma marca de roupas! Eu preciso encontrar tempo. Eu não quero colocar meu nome, eu quero desenhar e tal … quero que seja um truque. Eu estou trabalhando com designers há anos. Quando a hora certa chegar, eu criarei.

Fonte
Tradução, Tokio Hotel BR

23.07 Festival ZELT MUSIK, Alemanha

30.08 Festival SEASIDE, Suiça

31.08 Festival SUMMERDAYS, Suiça

07.09 Festival Superbloom, Alemanha

13.09 Festival Glücksgefühle, Alemanha

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