Entrevista: “Nós somos amigos há 14 anos, não há nada que possa acontecer para mudar isso. – Tom Kaulitz”

Entrevista: “Nós somos amigos há 14 anos, não há nada que possa acontecer para mudar isso. – Tom Kaulitz”

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Leia a nova entrevista com a banda divulgada pelo site alemão Stern.de em Berlim:

Amizade, dinheiro, sexo e todo o resto.
Depois de quatro anos de pausa, Bill e Tom falam pra gente sobre suas vidas depois de abandonar a Alemanha. Gustav e Georg estão felizes que a banda continue fazendo música. Uma entrevista de Sophie Albers e Ben Chamo.

Como você se sente agora, depois de seu primeiro contato com os fãs e com a conferência de imprensa, depois de quatro anos de pausa?
Bill: Foi um longo, porém ótimo, dia. Na verdade nós acabamos de falar sobre isso no carro: tudo correu realmente bem.
Tom: Existem, é claro, dias que não vão tão bem. Eu sempre tento não perder minha linha de pensamento, mas as vezes você tem um dia daqueles onde os entrevistadores tentam irritar você. Mas hoje: nós tivemos um bom feedback, tivemos conversas legais.

O quão próximo vocês de fato estavam nos últimos quatro anos?
Georg: Muito próximos, na verdade.
Tom: Simplesmente tão próximos quanto sempre fomos, a única diferença é que nós não saímos muito uns com os outros. Nós somos amigos há 14 anos agora, não há nada que possa acontecer para mudar isso. Nós podemos ficar dois ou três meses sem ter nenhum tipo de contato, mas quando nós nos encontramos de novo parece que a última vez que nos vimos foi ontem.

Mas geograficamente vocês tem uma grande distância.
Georg: Nós (Georg e Gustav) também passamos algum tempo por lá (Los Angeles), nos falamos pelo telefone e nos vimos através do Skype. Nós sempre estamos em contato de alguma forma.
Gustav: Se nós não podemos estar fisicamente lá, então vemos um aos outros pelo Skype.

Vocês poderiam viver o resto de suas vidas com o dinheiro que vocês ganharam no passado? Vocês poderiam se aposentar?
Bill: Depende de como você gostaria de viver. Tudo depende de suas manias. Eu honestamente nunca pensei nisso desta forma.
Tom: Nós poderíamos ter vivido uma vida muito normal depois de lançar “Durch Den Monsun” até o final de nossas vidas. Nunca foi um tópico que cogitamos, porque nós investimos a maior parte do nosso dinheiro na construção de nossa carreira. Nós temos pessoas e companhias trabalhando para nós desde que completamos 15 anos…

Que tipo de companhias?
Tom: Companhia de bandas. A banda é nosso primeiro verdadeiro amor e do que vivemos. Nós investimos uma parte inacreditável de nosso tempo e nosso dinheiro na produção de nosso palco e em vídeos. Nós fazemos isso desde que começamos. Isso sempre foi muito importante para nós. Nós nunca realmente fizemos questão de ter um grande lucro com alguma coisa. Na turnê, muitos parceiros sempre nos perguntavam por que nós gastávamos tanto dinheiro na produção de nossos palcos.

Vocês sentem falta de estar no palco?
Gustav: Sim.
Bill: Definitivamente! Absolutamente! Nós frequentamos alguns concertos nos EUA e assistimos outras bandas tocar. Eu sempre pensava: Aaah, eu quero estar no palco também.
Gustav: Isso fez você derramar uma pequena lágrima.
Bill: É claro que é legal estar do outro lado algumas vezes, e poder relaxar algumas vezes. E eu acho que você também pode aprender muito, quando você vê as coisas que as outras bandas aplicam em seu palco. Quando você só está de pé sem fazer nada, as vezes você não sabe como o público vai reagir. Eu adoro frequentar o Coachella sem a pressão de ter que se apresentar logo. Na condição que eu estava algumas vezes, isso nem ao menos seria possível. (risos)
Tom: Nós também sempre ficamos extremamente nervosos antes de subir ao palco.

O quê? Depois de todos esses anos?
Bill: Oh sim. Quando estamos em turnê eu sou a pessoa mais nervosa do mundo. Eu fico tão nervoso que eu tenho medo de desmaiar em certo ponto. Eu sempre sinto como se eu fosse outra pessoa naquele momento. Você não pode nem falar comigo naquele momento porque eu estou muito concentrado.
Georg: Nós sempre ficamos obcecados com isso juntos.
Bill: Uma hora e meia antes de cada show, nós temos o tempo livre. Sem entrevistas, sem fotos – nada. Porque estamos muito nervosos.
Gustav: E todos os três estão tão nervosos que eu fico no meu próprio quarto. Eles são realmente obcecados com tudo, tipo loucos. É irritante.
Bill: Mas você também fica nervoso.
Gustav: Eu fico nervoso, sim, mas eu prefiro deitar por 20 minutos.
Bill: Mas no momento em que eu entro no palco, tudo está bem de novo. A pior parte é antes de subir no palco. E isso não melhora nunca.

Vocês escolheram a data de lançamento do álbum (3 de outubro) de propósito? Por causa da reunificação da Alemanha?
Bill: Não, na verdade eu só percebi isso quando alguém me disse.
Tom: As lojas estão abertas nesse dia, para as pessoas comprarem o CD?
Georg: Não, esse é o problema.
Tom: Nós lançamos nosso álbum nesse dia e ninguém pôde comprar ele?

Mas puderam baixar ele. O quão difícil foi voltar? Georg, Gustav vocês levaram uma vida menos “selvagem” nesse meio tempo, então vocês provavelmente tiveram que tomar a decisão: voltar para a loucura ou não?
Georg: Para ser honesto, eu nunca me fiz esta questão. Sempre foi claro para nós quatro que estaríamos fazendo algo juntos novamente na estrada.
Tom: Nós simplesmente não quisemos trabalhar em um novo álbum por um tempo. Não foi uma dissolução da banda.
Georg: Eu não passei um segundo pensando nisso. “O que você fará agora, estudar negócios de estudantes?”
(gargalhadas)
Bill: Para todo mundo parece que um grande período de tempo passou. Em 2011 nós ainda estávamos em turnê, então nós não fizemos nada por um ano e em 2013 nós já planejávamos lançar nosso próximo álbum. Mas no último minutos nós decidimos e dissemos não, porque estava indo tudo muito bem no estúdio. Nós não planejamos que quatro anos se passariam. Nós nunca dissemos que daríamos um tempo. Nós somente não sabíamos quando e como nós continuaríamos.

Quando você fez essa tatuagem na sua mão?
Bill: Logo após me mudar para L.A.
Gustav: Essa já é velha.

Por que algo tão mórbido? (É um esqueleto em sua mão)
Tom: Orgulho de ser feio.
Bill: Eu achei bonita. Eu sempre quis fazer uma tatuagem que cobrisse minha mão inteira e eu encontrei um tatuador em L.A. que eu realmente gostei. Ele também fez minhas outras tatuagens.

Na conferência de imprensa vocês foram rotulados como os representantes da “geração da selfie”. Isso significa algo pra vocês?
Tom: No momento, sim. No começo nós ainda gostaríamos de assinar cartões. Então nós percebemos que não fazia mais sentido, porque as pessoas só querem tirar selfies hoje em dia. Nós ainda somos do tempo clássico onde todo mundo queria ter algo assinado, mas esses tempos se foram.
Bill: Sim, algumas vezes nós nos sentimos um pouco ultrapassados. Quando nós começamos, não existia Facebook, nem Twitter, nem Instagram! Dez anos atrás, quando nós lançamos nosso álbum “Schrei” todo mundo estava lá com nosso álbum em suas mãos e queriam que nós assinássemos eles. Hoje em dia ninguém mais quer um autógrafo! Até mesmo quando pessoas querem tirar fotos e eu digo “Eu realmente não posso fazer isso agora, mas eu posso assinar algo para você” e então eles dizem “Não, eu não preciso de um autógrafo”. Nós não tivemos nenhuma conta em redes sociais por um longo tempo – na verdade acabamos de começar isso. Tudo mudou.
Tom: Mas eu acho que é uma mudança boa, tem lados positivos. Notamos que artistas tinham seus próprios meios de comunicação agora e que eles conseguiam controlar isso diferente da forma que acontecia antigamente. Nós podemos postar algo quando nós queremos.
Bill: Somente ontem nós ativamos nossa conta do Tokio Hotel no Instagram.

Seus vídeos tem sido recebido pelos pessoas como sendo muito controverso. Por que vocês não gostam quando as pessoas descrevem eles como sendo “provocativos”?
Bill: Eu simplesmente não consigo entender por que as pessoas estão tão enfurecidos com o vídeo de “Girl Got A Gun”!
Tom: Eu não esperava isso. Eu achei que eles achariam ele diferente. Eu acho que foi divertido.
Bill: Exatamente! Muitas pessoas levaram isso muito a sério. Meu deus, onde todas essas discussões sobre isso levam?! Nós pensamos nisso como um bicho de pelúcia fazendo uma brincadeira/piada. Mas não pode ser um grande negócio só porque tem um pênis.

Vocês discutiram isso como uma banda? Você achou isso menos engraçado que os demais, Georg?
Georg: Nós todos achamos engraçado. Na verdade foi mais sobre um vídeo do diretor para nós.
Bill: Além disso, levamos um grande tempo entre nós vendo vídeos e capas. Nós escolhemos isso individualmente, não foi um pacote que planejamos com antecedência. Você precisa analisar as coisas separadamente.
Tom: A capa do single “Love Who Loves You Back” foi minha ideia. Eu encontrei a imagem online e não consegui parar de rir. Eu pensei que era perfeita.

Mas é um pouco cínica.
Tom: Foi um pouco profundo pra mim. Olha, eu, por exemplo, somente encontrei meu amor assistindo pornô online por anos. Usando o mouse do computador. Como na foto.
Bill: Muitas pessoas por ai encontram seu amor na internet. Muitas pessoas assistiram pornô online pelo menos uma vez em suas vidas. Nós achamos que isso capturou o tema.

Tom, isso não é nem um pouco engraçado – isso é triste.
Tom: Nós ainda achamos que a capa do single é engraçada.
Bill: Tem um significado. Nós sempre decidimos o estilo da arte e dos vídeos no mesmo momento que gravamos as músicas. Então nós tivemos a ideia de fazer isso. Nós não queríamos dar às pessoas um pacote sexual. E é sobe isso que a mídia está falando, mas se você analisar de perto, há muito mais do que isso.

(Bill, acidentalmente bate seu pé contra a mesa com seus grandes sapatos.)

Bill, uma pergunta de mulher para mulher…
Tom: Mulher (risos)

Isso não te machuca?
Bill: Oh sim, eles são extremamente desconfortáveis. Na verdade eu quase dei com a cara no chão quando eu estava saindo, porque tinham muitas pessoas e Pumba me puxou. Eu quase tirei eles.

Mas por que você está fazendo isso consigo mesmo?
Bill: Porque eles parecem extremamente belos. Você tem que aguentar isso algumas vezes. Eu sempre tive atração por sapatos diferentes. Minha mala de calçados é maior que minha mala de roupas.
Tom: Você não tem uma simples atração por calçados diferentes.

De volta ao tópico de sexo e “Love Who Loves You Back”. Eu sempre achei o lema “Amar, quem você quiser, independente da idade, estilo e orientação” grandioso. Mas amor não é mais do que sexo? E nós voltamos ao tópico do pornô online.
Tom: Encontrar seu grande amor muitas vezes começa pelo sexo.
Bill: Exatamente.
Gustav: Você não quer comprar gato por lebre.
Georg: É uma parte importante do amor. Não há como ter um bom amor sem um bom sexo.
Tom: Nós estamos nessa fase onde nós temos uma vida sexual muito ativa.
Gustav: E além de tudo você também tem a internet.

Vocês estão desapontados que seus fãs estavam tão quietos na conferência de imprensa?
Bill: Na verdade eu nem mesmo pensei nisso. Não me pareceu algo negativo. Acho que nos shows vai estar alto novamente. Hoje a imprensa estava lá, portanto foi mais silencioso. Mas foi bom de qualquer forma. Os ingressos foram sorteados somente para alguns poucos fãs.

Vocês também podem ter ficado aliviados por isso.
Tom: Que eles não gritaram tão algo… dificilmente existirá algum público com mais energia do que o que tivemos. De forma alguma eu quero que as pessoas só aplaudam, sem gritar mais. Não há sensação melhor para um artista do que estar no palco enquanto as pessoas enlouquecem. Na vida privada a história é bem diferente.

L.A. vai continuar a ser sua casa por enquanto?
Bill: Sim. Mesmo que eu realmente queira ir para Nova York. Eu amo aquela cidade. L.A. é um pouco entediante. Eu estou faminto pela vida e por aventuras. Eu sempre penso estar perdendo muitas coisas.

O que é vida?
Bill: Eu não sei. Ma para mim, começa com o fato de que quando estou em casa aos finais de semanas, não consigo relaxar e assistir um filme. Eu sempre quero sair e socializar. Eu adoro quando eu estou rodeado de pessoas. Nós também sempre temos visitas em casa. Eu gosto de ter a casa cheia.
Tom: Nós ficaremos nos EUA agora. É mais relaxante para nós.


Fonte

Tradução, Tokio Hotel BR

07.05 Festival OMR, Alemanha

18.07 Festival DEICHBRAND, Alemanha

23.07 Festival ZELT MUSIK, Alemanha

30.08 Festival SEASIDE, Suiça

31.08 Festival SUMMERDAYS, Suiça

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