[ENTREVISTA] Rolling Stone Coreia: ‘Tokio Hotel, nosso verdadeiro amor’

[ENTREVISTA] Rolling Stone Coreia: ‘Tokio Hotel, nosso verdadeiro amor’

Trazemos com exclusividade a tradução da entrevista que o Tokio Hotel concedeu a Rolling Stone da Coreia do Sul pouco antes de lançarem o single ‘The Weekend’, a entrevista traz novidades como um cover da banda que será lançado agora em agosto, as melhores lembranças que eles têm da sua carreira, e tem também um papo muito legal sobre K-pop e turnês, confira:

Tokio Hotel, Nosso Verdadeiro Amor
(por Camila Avella Córdoba)

“Temos essa conexão louca e profunda entre a banda, que muita gente curte, e isso mantém a gente na linha, sem querer fazer outra coisa, como quando uma banda se separa. Para nós, é ter crescido juntos mais do que amigos ou colegas, é que temos um vínculo incrível e o nosso verdadeiro amor sempre foi o Tokio Hotel” – Tom

Já aconteceu com vocês de que a forma a qual você sonhou em conhecer seu artista favorito da adolescência fosse tão perfeito quanto a sua imaginação? Que ultrapassaria suas expectativas? E você se sentiu a pessoa mais especial do planeta quando aconteceu? Isso finalmente aconteceu!

Geralmente, quando tenho um artista convidado para uma entrevista, sou eu quem costuma abrir esse espaço, incluindo e envolvendo-os nessa experiência de compartilhar seu mundo com a Rolling Stone Korea, mas desta vez os papéis se inverteram e os quatro membros da imortal banda alemã TOKIO HOTEL, Bill, Tom, Georg e Gustav, foram os que, com seu carisma, me envolveram no que pode ser minha entrevista mais emocionante até agora.

Desde o ensaio pré show, os meninos ligaram sua câmera nos bastidores do local em Berlim. Eu venho sonhando há 17 anos em ter a chance de pelo menos falar para eles o quanto curti a música deles nos dois cursos universitários que eu fiz. Na minha carreira médica, eles foram a trilha sonora de noites inteiras sem dormir, estudando medicina interna e fazendo cirurgias práticas pela primeira vez, onde a música deles era meu calmante contra os nervos de ser uma médica novata. No jornalismo, já tínhamos crescido juntos e era a fase eletro do TOKIO HOTEL, pode-se dizer que nunca nos abandonamos e tudo se alinhou perfeitamente para nos trazer hoje este espaço exclusivo na nossa RSK (Rolling Stone Korea).

Essa banda construiu um legado de quase 25 anos de vigor, sucesso e inovação, características que os tornam imortais para três gerações diferentes que desde 2001 desfrutam da evolução que a banda conduziu sem perder sua marca registrada, aquele selo que permite a todo mundo reconhecer sua identidade em qualquer gênero musical que eles se aventuraram a experimentar, o que também desencadeou o fenômeno de sentir que a banda evolui junto com o crescimento e o gosto de seus fãs.

Essa banda se tornou massivamente internacional no início dos anos 2000, tornando-se o fenômeno de rock-punk mais importante do século 21 e, quase 25 anos depois, ainda estão no topo, lotando estádios ao redor do mundo, esgotando ingressos em minutos e recebendo os prêmios mais importantes da música global.

Claramente, eles não são os mesmos, cresceram, amadureceram e mudaram com o ritmo implacável da indústria musical, mas a essência jovial, a criatividade, a originalidade e a simpatia continuam sendo a constante desses músicos de coração.
Espero que todos vocês possam se conectar com a energia avassaladora e elevada que o Tokio Hotel irradia em cada espaço que preenchem com sua presença.

RSK: Bem-vindos à Rolling Stone Korea, galera!
Bill, Tom, Gustav, Georg: Como você está? Muito obrigado! Estamos em Berlim, nos preparando para um show que acontecerá em três dias!

RSK: Oh, isso é incrível! Será que vocês poderiam fazer um favorzinho pra mim?
Bill, Tom, Gustav, Georg: Sim, claro! O que você quer nos pedir?

RSK: Poderiam me dar um minuto dessa entrevista para eu ser eu mesma? Apenas um minuto?
Bill, Tom, Gustav, Georg: Adoraríamos!

RSK: Quero que vocês saibam que vocês foram a melhor companhia que eu tive desde os meus 15 anos e o refúgio artístico que me trouxe alegria e boas vibrações nos momentos mais difíceis. Só quero agradecer por tanto amor que recebi através da sua música, vocês são verdadeiros unicórnios e é uma verdadeira honra poder compartilhar esta entrevista exclusiva na minha casa, a Rolling Stone Korea. Esperamos que vocês nos visitem na Ásia muito em breve.
Bill e Tom: Que fofo! Agradecemos muito o carinho, obrigado. Acabamos de conversar e acho que nunca estivemos na Coreia. Acho que ainda não estivemos lá, mas adoraríamos ir e fazer algo grande com vocês da Rolling Stone Korea. Por que não?

Tom: Agora sabemos que temos um grande número de fãs nos apoiando na Ásia. Isso é tão incrível, eu gosto disso. Não acredito que ainda não fizemos um show lá. Eu realmente quero ir e ver os fãs, seria muito emocionante. Acabamos de falar sobre isso.

Bill e Tom: Vamos sair em turnê. Ainda não anunciamos oficialmente, mas definitivamente vamos tocar em festivais.

“Estamos nos preparando para o verão e em três dias teremos nosso primeiro show após seis meses sem tocar juntos. Então, é sempre desafiador.”

RSK: Já são quase 23 anos de carreira. Vocês começaram a fazer sucesso quando tinham cerca de 11 anos e se tornaram um exemplo para todas as gerações que cresceram junto com vocês. O mais impressionante é que vocês continuam firmes como uma banda e também construindo um legado na indústria musical global. Vamos falar sobre aqueles primeiros anos em que ocorreu a gênese do Tokio Hotel.
Bill: Ai meu Deus, sinto que os primeiros anos foram simplesmente avassaladores. Se eu pudesse conversar com meu eu mais jovem ou com o Tokio Hotel mais jovem, definitivamente os aconselharia a pegar leve, relaxarem. Depois de 21 anos vocês vão conseguir, e não precisam ficar tão assustados, se preocupar tanto, apenas aproveitem, pois sinto que a gente estava bem estressado.

Tom: Éramos tão jovens e havia tanta coisa acontecendo. Então, sim, foi uma montanha-russa louca, sinto que agora estamos mais confortáveis com nossa carreira e estamos o mais felizes possível,

“Nunca nos sentimos tão confortáveis com o que fazemos, com nossa música, com a turnê, com nossos fãs e com nossa carreira, e sinto que encontramos um bom equilíbrio. Mas quando você é jovem e está apenas começando, está apenas tentando entender a vida, e ainda construindo uma carreira. Então foi realmente um pouco demais.”

RSK: Foi uma jornada muito interessante de autoconhecimento. Como banda, vocês são conhecidos por sua criatividade e estilo único, dando uma cara nova ao rock clássico. Poderiam nos contar como esse processo criativo acontece quando vocês se juntam para um novo projeto?
Tom: Então, é diferente. Teve uma época em que o Bill e eu fazíamos a maior parte do material no estúdio, preparando as músicas, terminando as demos e indo para a Alemanha, para o estúdio com Georg e Gustav, ensaiando e tocando alguns instrumentos. Hoje em dia, as últimas coisas que estamos fazendo são bem diferentes. Na maior parte do tempo, é Bill e eu no estúdio preparando demos e escrevendo músicas. Às vezes, nem vamos para o grande estúdio.
“Recentemente fizemos um projeto, ainda secreto, mas fizemos o cover de uma música, vamos dizer assim, favorita da infância. Sai em agosto, é um projeto para os EUA, para isso, voltamos às raízes e temos bateria de verdade, temos baixo e guitarra de verdade, e é basicamente isso, é como voltar à origem. Tokio Hotel raiz, estilo punk rock.”
Hoje em dia, gostamos de voltar lá, pegar o som antigo de volta às raízes do Tokio Hotel e colocá-lo em 2024. Mas, é muito diferente de projeto para projeto.
Por exemplo, Bill e eu escrevemos uma música para a nossa série da Netflix que vai sair no final de junho, Kaulitz & Kaulitz vai ser um grande programa sendo lançado em todo o mundo e então escrevemos a música tema. É totalmente o oposto, é uma música pop muito cativante e funky que ainda tem alguns toques de Tokio Hotel, mas tem bateria programada, baixo programado, coisas assim, e teclados então, varia muito de música para música.

RSK: Na real, artistas alemães se destacam ao longo da história, como Beethoven e tal, porque todos vocês têm aquele talento combinado com uma disciplina de perfeição que permite expressar a arte em seu esplendor mais completo. Quero saber qual é, para vocês, o segredo de estarem consolidados como uma banda imortalizada que continua a atrair novas gerações, considerando que muitos artistas atuais têm uma vida útil média de cinco ou seis anos no máximo?
Bill e Tom: Bem, muito obrigado pelo elogio. Isso é muito fofo! Bem, acho que para nós, primeiramente, nós começamos em uma época diferente. Hoje em dia é muito, muito difícil criar uma carreira duradoura para si mesmo, há tantos artistas e bandas que têm grandes músicas, mas as pessoas não se importam com o artista por trás dela e falta aquela marca única. Tudo acontece muito rapidamente e depois desaparece da mesma forma. Começamos em uma época em que o YouTube nem existia, não tinha redes sociais, nada disso. Naquela época era essencial ter contrato com uma gravadora, e construímos uma base de fãs naquela época, o que eu acho que cria uma conexão diferente com seus fãs, algo mais sincero, naquele momento. A maioria deles continua aqui, cresceram conosco, e agora somos adultos, os fãs e a banda.

Tom: “Temos essa conexão louca e profunda entre a banda, que muita gente curte, e isso mantém a gente na linha, sem querer fazer outra coisa, tipo quando uma banda se separa. Temos um vínculo incrível e nosso maior amor sempre foi esse. Passamos por alguns momentos difíceis, claro, como todo mundo, mas continuamos mantendo o amor pela música que fazemos e nunca desistimos dela. Sinto que nunca desistimos, não importa o quão complicado fosse às vezes, e mesmo que a gente não viva mais no mesmo continente, sempre tivemos esse amor pela música que, sabe, nos uniu e nos manteve acreditando em nós mesmos”. Um dos nossos maiores diferenciais e que temos um guitarrista superstar, e a maioria não tem isso. Nós temos o melhor guitarrista, essa é a grande diferença (risos).

Georg: Não tenho tanta certeza sobre isso (risos).

RSK: Bom, para essa pergunta, eu adoraria ouvir a resposta de todos vocês: Qual o momento mais marcante que vocês têm guardado desde o começo desses primeiros anos nessa trajetória?
Bill: Ah, tem muitas memórias. Eu curto muito lembrar do dia que tocamos em Paris, embaixo da Torre Eiffel. Foi uma experiência muito louca, mas…

Tom: Não, escolhe uma só. Cada um tem que escolher um…
“Eu escolho a performance de Monsoon no EMA. Acho que foi em 2007, 2008, por aí. Quando choveu no palco. Lembro que estávamos no palco e foi muito difícil pra nós, pois estávamos entrando no mercado internacional, e as pessoas começaram a nos reconhecer nos primeiros países europeus, e lembro que foi em Munique, o público todo começou a vaiar quando subimos no palco.
Mas depois o público passou a nos aplaudir, foi um momento incrível, porque estávamos em transição na época, e recebemos nosso primeiro reconhecimento internacional. Não foi fácil passar por diferentes países e culturas, esse foi um momento decisivo.”

Bill: Existem tantas memórias maravilhosas, escolher é difícil, pois lembro de muitas. Acho que um momento que se destacou e que eu nunca esquecerei foi (…)
“(…) quando gravamos o clipe de Monsoon, para a versão em inglês, em El Cabo. A gravação desse clipe foi tão grandiosa, senti como se estivesse gravando um filme caro. Eu tive essa sensação, de que isso seria gigante, e que iria provavelmente mudar nossas vidas”

RSK: Gustav, adoraríamos te escutar, quais memórias te vêm em mente?
Gustav: Ah, sim, vou te dizer uma coisa. Eu gosto de lembrar de ganhar todos esses prêmios musicais. E, sim, a gente coleciona um monte deles.

Georg: Acho que vou relembrar dos prêmios da MTV. Sim. Mas a maioria dos prêmios alemães nem existe mais.

Bill: Georg e Gustav têm um momento memorável em comum.

Tom: “Deixa eu adivinhar: foi quando eles nos encontraram em Mecklenburg, e quando perguntei se eles queriam sair e ensaiar com a gente. Eles disseram “muito obrigado por nos dar essa chance”. Foi amor à primeira vista”

RSK: Eu gostaria de relembrar que vocês foram umas das poucas bandas internacionais que dominaram os charts na América Latina e que continuam com o trabalho atual nessa parte da indústria. Vocês também tiveram momentos únicos se apresentando na Ásia, quando ainda eram um dos poucos grupos estrangeiros que conseguiam acessar esse mercado musical.
Tom: Tivemos um show incrível. Ainda me lembro de Bogotá, na Colômbia, foi um espetáculo maravilhoso. Lembro que tivemos amigos que vieram de Los Angeles, e o público era fantástico. Acho até que começamos a turnê mundial de 2015 em Bogotá.

Georg: Acho que sim. Tenho boas memórias, ainda me lembro de lá.

RSK: É notável que vocês foram uma das únicas bandas do início dos anos 2000 que apresentaram uma proposta de fusão entre rock e sons eletrônicos, um toque que vocês ainda mantém e que, na real, contribuiu para imortalizá-los na indústria musical global. Vocês sempre acompanharam as tendências e demandas do mercado sem perder a identidade.
Bill: Acredito que para nós sempre foi assim, uma das coisas mais importantes sempre foi ser autêntico. É claro que, quando você começa tão jovem, você tem gostos diferentes e passa por muitas mudanças, e aí seu gosto muda quando você envelhece, simplesmente evolui e enriquece a partir da experiência.

Tom: Acho que foi um processo natural para nós, sendo compositores e trabalhando em estúdio, onde queríamos experimentar novos instrumentos e sons. Crescer com nossos pais que sempre ouviram músicas dos anos 80 foi uma grande influência, e depois tivemos a oportunidade de estar em estúdio trabalhando com outras pessoas, compartilhando gostos e estilos musicais
“De novo, nós gravamos uma música que irá sair em agosto. É um cover, e eu sei que, quando lançarmos, os fãs vão amar de primeira, porque soa como o estilo clássico do Tokio Hotel, como fazíamos no início, e às vezes vamos querer voltar pra lá, nunca vamos nos limitar a uma coisa específica. Queremos nos sentir conectados com nossa música e nos desafiar, mas sem ter medo das nossas raízes ao mesmo tempo. É isso que precisamos para nos sentirmos vivos musicalmente. A mudança é boa e necessária”

RSK: Vamos relembrar o sucesso do último álbum que vocês apresentaram ao mundo, intitulado “2001”, com 16 músicas, inclusive com uma regravação do seu sucesso global, “Durch Den Monsun 2020”. Foi um trabalho diferente, em que dava pra sentir o amor e dedicação de cada um, com um toque de maturidade que celebra o caminho que vocês trilharam juntos na carreira musical. Como surgiu essa iniciativa, que colocou vocês muito bem posicionados entre seus fãs fiéis e os novatos?
Tom: Esse foi o último álbum que lançamos até então, e foi engraçado porque não estávamos pilhados quando começamos. Foi meio que: a gente precisa sentar e fazer um álbum. E o álbum veio de forma orgânica, a gente só foi lançando músicas e compondo, fazendo músicas que realmente nos deixavam a vontade, e aí falamos: temos tantas músicas boas que gostaríamos de organizá-las em um álbum. Nós escrevemos algumas faixas a mais, voltamos ao estúdio e fizemos alguns ajustes e, de repente, tínhamos um álbum pronto. Tocamos para algumas pessoas e aí fizemos uma grande performance em estúdio, onde pensamos “Ok, tudo certo? Tudo está fluindo bem e estamos nos divertindo muito”. Esse surto criativo fez com que pensássemos o álbum diversas vezes. Nós lançamos um monte de músicas, e tudo isso resultou numa mistura muito divertida. E é uma das coisas que mais gostamos. Vemos isso como uma compilação do nosso crescimento e novos conhecimentos em composição musical ao longo de dois ou três anos. Como a maioria dos álbuns hoje em dia, é uma mistura bem variada, além das nossas favoritas das músicas que estávamos compondo ao longo dos anos.

Bill: Toda vez que temos um surto de criatividade, sentimos que temos ótimas músicas para colocar em um álbum, e investimos nisso.

RSK: Vocês compartilharam momentos e experiências enquanto cresciam que são muito pessoais e íntimas, e que tornaram vocês uma família. Óbvio que relações humanas não são sempre fáceis, principalmente quando você passou décadas ao lado das mesmas pessoas, mas o que o mundo percebe em vocês é a energia familiar. Como isso se tornou tão genuíno?
Bill: Eu acho isso a melhor coisa do mundo. Para ser honesto, porque nossas vidas estão em constante mudança e cada um de nós tem projetos diferentes que acompanham o que estamos fazendo. Sabe, a vida está sempre evoluindo e mudando.
“É bom que a gente sempre pode voltar à nossa bolha no Tokio Hotel, porque nesse mundo nada muda, é nosso terreno em comum e nosso verdadeiro grande amor. Não importa o quão malucas nossas vidas se tornem e o que a gente estiver fazendo, isso é constante, está sempre ali fixo, é o nosso amor, e é bom saber que sempre temos um lugar para voltar”
É o nosso local seguro, sentimos como uma família, e esse é o segredo de estarmos juntos há tanto tempo, somos como irmãos, unidos como uma família para transformar essas experiências em música ao vivo. E é genuíno, porque confiamos muito uns nos outros, e às vezes você se sente estranho de não estar por perto, mas aí do nada você se junta e toca, mas não existe constrangimento, é o sentimento de conexão entre nós pois estávamos fazendo música juntos desde nossos 12 anos de idade.
É engraçado, há uns dois anos atrás, eu tive que subir ao palco e tocar pela primeira vez na minha carreira com uma banda diferente. Eu tive a sensação mais estranha do mundo, de não ter os meninos comigo e estar sozinho, então decidi apenas entrar e fingir que estava com eles, mesmo que estivesse em volta de outros artistas maravilhosos. Tivemos esse show juntos e eu amei, mas foi tão diferente pra mim, como se eu estivesse no palco com alguém que não existe aquela conexão tão forte.

Tom: É tipo: eu me sinto seguro, Gustav e Georg também. Todos nós nos sentimos porque estamos juntos. Bill e eu fizemos um programa na Alemanha, The Voice, um programa de televisão. Nós estivemos como jurados e como treinadores no programa, e nos apresentamos com nosso talento.

Bill: Bom, o Tom estava julgando, eu estava treinando (risos)

Tom: Nos apresentamos ao vivo com a banda do The Voice, e foi bem diferente, não nos sentimos tão confortáveis, você se sente meio nervoso e é estranho, não é a mesma bolha e, de certa forma, isso é traduzido no nosso dia-a-dia, como se cada vez que nos reuníssemos como banda, nos sentíssemos seguros, renovados e viajamos de volta no tempo, não mudou nada. Esse também é o motivo de sermos tão infantis quando estamos juntos. É meio caótico.

RSK: É realmente muito emocionante porque cada uma dessas histórias é tão real e sincera. É um grande privilégio fazer parte desse momento em que vocês estão se abrindo de verdade sobre uma história de vida tão bonita, agora compartilhada com a gente. Nosso público da Rolling Stone Korea gostaria de saber se vocês são familiarizados com a cultura do K-Pop ou com o cenário musical da Ásia. Com seu espírito ousado, há chances de colaborações com nossos artistas?
Tom: Totalmente. Eu ouço bastante porque minha enteada, Lou, ouve muito K-Pop. Acho que também tiveram alguns artistas do K-Pop performando no Coachella nos últimos dois anos, eu sou péssimo com nomes, então não vou lembrar o nome das bandas, mas eu ouvi! Não consigo lembrar as letras das canções nem nada, mas ouço K-Pop por causa da Lou, já que ela é uma grande fã, e nós temos também um amigo bem próximo que ouve muito K-Pop, então, estou familiarizado. Acho que tem muita coisa boa por aí.

Bill: Nunca diga nunca! Eu iria amar! Às vezes essa é uma coisa boa das colaborações, o inesperado.

Tom: Num geral, eu prefiro colaborar com pessoas que são bem diferentes, que tragam coisas novas as quais nunca pensei, e é a mesma coisa com compositores e produtores. Não quero trabalhar com pessoas que fazem coisas parecidas com as minhas porque eu já sou o melhor no meu campo, sabe? (risos) então, sei lá, não preciso de mais ninguém fazendo a mesma coisa. Então, quero encontrar pessoas que venham de uma área completamente diferente. Acredito que coisas mágicas podem acontecer, e estou completamente aberto a isso.

RSK: Vocês já vieram ao continente asiático? Podemos esperar planos para essa próxima turnê?
Bill e Tom: Nós adoraríamos. Falamos sobre isso o tempo todo, pois estivemos em turnê no Japão há alguns anos, estivemos em Taiwan e fizemos algumas apresentações, e em Singapura também.
Já fizemos várias passagens pela Ásia. Foram ótimas lembranças e adoraríamos voltar. Não fizemos isso ainda porque estamos muito ocupados com a turnê europeia e também com a da América Latina. Estamos planejando uma turnê e tentando voltar para a América Latina também, pois nosso público de lá merece e tem tantos pedidos para voltarmos ao mercado internacional. Estamos trabalhando nisso.

Bill: Mas na Ásia, com certeza, e também iríamos amar tocar na Coreia. Às vezes é difícil se apresentar em todos os lugares porque estamos também envolvidos em diversos outros projetos. Mas ano que vem vamos fazer uma grande turnê na Europa e acho que 2025 pode ser um ano para uma turnê mundial. Então talvez possamos acrescentar algumas datas. Estou feliz que isso esteja sendo registrado, então vamos fazer isso acontecer. Adoraríamos!

RSK: Estamos há apenas algumas semanas da estreia de seu novo hit do verão, The Weekend! Vamos falar sobre a vibe dessa música incrível.
Bill: Começamos a compor essa música há um tempo, mas colocamos ela de lado, e depois voltamos a trabalhar nela. Sentimos que deveríamos esperar o tempo certo para lançá-la, que seria nesse verão. Inclusive está bem quente por aqui. Eu tô, tipo assim, morrendo aqui, Berlim está esquentando, é verão e está perfeito, é o momento ideal para nossa música.
“Ela tem uma vibe pop melancólica, funk e animada. Sei que são muitas palavras, mas acho que é o melhor jeito de descrevê-la, pois é uma das músicas mais felizes e positivas que já fizemos, mas, ainda assim, tem seu lado melancólico. É sobre se trancar num quarto com alguém e esquecer do mundo. Sabe, estar num momento com aquela pessoa e se perder juntos. Então, eu tive a ideia para a música depois de fazer isso com uma pessoa”

Tom: Estamos a ensaiando agora para nossas apresentações, e talvez vamos até abrir o próximo show com ela, porque é muito boa ao vivo. É muito legal. Espero que vocês amem.

RSK: Vocês realmente transformaram uma entrevista convencional em uma experiência inesquecível, muito obrigada por compartilhar com o público sul-coreano e asiático essa ótima notícia e essa vibe completamente amorosa e animada. Dá pra ver porque vocês têm essa grandeza como músicos e como pessoas.

Fonte
Fotos por Leon Schlesselmann
Tradução por Caroles, TokioHotelBrasil.com
(se usar, dê os créditos)

23.07 Festival ZELT MUSIK, Alemanha

30.08 Festival SEASIDE, Suiça

31.08 Festival SUMMERDAYS, Suiça

07.09 Festival Superbloom, Alemanha

13.09 Festival Glücksgefühle, Alemanha

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